by Antônio Tavernard (1908 - 1936)
Matinta‑perêra
Language: Portuguese (Português)
Matintaperêra chegou na clareira e logo silvou... No fundo do quarto manduca Torquato de medo gelou. Matinta quer fumo quer fumo migado, meloso, melado que dê muito sumo, Torquato não pita, não masca nem cheira, Matintaperêra vai tê-la bonita... Matintaperêra de tardinha bem buscar O tabaco que ontem à noite eu prometi: Queira Deus ela não venha me agoirar... Ah! Matinta Preta Velha, Mãe Maluca, Pé-de-pato, Queira Deus ela não venha me agoirar... Matintaperêra chegou na clareira e logo silvou... No fundo do quarto manduca Torquato de medo gelou. Que noite infernal, soaram gemidos, resmungos, bulidos do gênio do mal e até de manhã, bem perto da choça a fúnebre troça dum vesgo acauan acauan acauan!
Authorship:
- by Antônio Tavernard (1908 - 1936) [author's text not yet checked against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Waldemar Henrique (1905 - 1995), "Matinta-perêra" [voice and piano], from Lendas amazônicas, São Paulo: Mangione [text verified 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-08
Line count: 31
Word count: 116