by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918)
O tear
Language: Portuguese (Português)
A fieira zumbe, o piso estala, chia O liço, range o estambre na cadeia; A máquina dos Tempos, dia a dia, Na música monótona vozeia. Sem pressa, sem pesar, sem alegria, Sem alma, o Tecelão, que cabeceia, Carda, retorce, estira, asseda, fia, Doba e entrelaça, na infindável teia. Treva e luz, ódio e amor, beijo e queixume, Consolação e raiva, gelo e chama Combinam-se e consomem-se no urdume. Sem princípio e sem fim, eternamente Passa e repassa a aborrecida trama Nas mãos do Tecelão indiferente...
Authorship:
- by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918), "O tear" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Virgínia Salgado Fiúza (1897 - 1987), "O tear" [voice and piano] [ sung text not yet checked against a primary source]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-22
Line count: 14
Word count: 85