by Osório Duque Estrada (1870 - 1927)
Dolor supremus
Language: Portuguese (Português)
Aos corações que vivem na amargura Ouvi dizer mais de uma vez: "O amor é das noites a noite mais escura, Das dores todas a suprema dor." E eu a alheia miséria contemplando, A mim mesmo sorrindo perguntava: "Quando o acharás também, minh'alma, quando do seu poder hás de cair escrava?" Mas quando nem supunha certamente Que pudesse ser presa desse mal, Feriu-me o peito inesperadamente A mesma dor insólita e brutal. Busquei na ausência o bálsamo do tédio Consolo à mágoa lenitivo ao pranto E pior do que o mal foi o remédio, Que eu não supunha que amargasse tanto.
Authorship:
- by Osório Duque Estrada (1870 - 1927), "Dolor supremus" [author's text not yet checked against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Alberto Nepomuceno (1864 - 1920), "Dolor supremus", op. 21 no. 2 (1901) [voice and piano], Rio de Janeiro: Arthur Napoleão [text verified 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-18
Line count: 16
Word count: 101