by Alexandre José de Melo Morais Filho (1843 - 1919)
O trovador do sertão Matches original text
Language: Portuguese (Português)
Tu vens, ó minha amante, Por noites sem neblina, Ao lume das estrelas Na branca musselina, Descendo da montanha Com a perna e braços nus, Por entre as verdes canas E as plumas dos bambus Mais bela do que os cantos Das aves, na espessura, Que o ninho d'alva espuma, Que a fonte que murmura! Ó minha amante, és bela Qual harmonia eólia! Flecha de luz a prumo Na flor da magnólia! Ao fundo do horizonte Destaca-se, divina, A sua forma estátua Do gênio da campina! Seus lábios rubros, rubros, Gardênias são do pejo; Seus seios pombas mansas! Seu sonho! o meu desejo! A vida eu dera inteira, Por vê-la na cabana, Ao fogo da fogueira, Ao cheiro, da coirana, Carpindo a trova meiga Que o peito meu consola, Aos quebros do fandango, Aos sons desta viola. Ó minha amante, és bela Qual harmonia eólia! Flecha de luz a prumo Na flor da magnólia!
Composition:
- Set to music by Antônio Francisco Braga (1868 - 1945), "O trovador do sertão" [ voice and piano ], Rio de Janeiro: Castro Lima; Rio de Janeiro, Carlos Wehrs
Text Authorship:
- by Alexandre José de Melo Morais Filho (1843 - 1919), "O trovador do sertão"
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Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-06-11
Line count: 36
Word count: 155