by Raimundo Correa (1860 - 1911)
Language: Portuguese (Português)
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N'alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo ... que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse o espírito que chora
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja a ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
Composition:
- Set to music by Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959), "Mal secreto", 1912, published 1972 [ voice and piano ], Rio de Janeiro: Arthur Napoleão
Text Authorship:
- by Raimundo Correa (1860 - 1911), "Mal secreto"
See other settings of this text.
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-08-02
Line count: 14
Word count: 86