by Ernesto Matoso (1851 - 1945)
Ai que Broma!
Language: Portuguese (Português)
Aqui perdi num belo dia Nesta terra Americana, Mas filha sou de Andaluzia Guapa niña castellaña, E o meu querido um mocetão Leal sincero e mui gentil Tem nobreza e o coração Dos bons filhos do Brasil E fala meu idioma! Ai que Broma! De amor aceso delirante Nossos peitos se abrasarão Na mesa hora e mesmo instante Que nossos olhos se avistarão. Um dia enfim chega-se e diz: Desejo teu conscentimento Contigo eu quero ser feliz Assim te peço em casamento. Falou então meu idioma Ai que Broma! Não lhe conto que alegria! Fez-se tudo de repente Em mim mesmo não cabia Não cabia de contente! Lá no altar bem junto a mim Se ajoelhou com mi madre E muitas coisas em latim Nos disse o gordo senhor padre! Não conheço esse idioma Ai que Broma! Hoje, por Deus, estamos casados Do que me sinto arrependida, Pois ambos nós estamos cansados Dos pesares desta vida Um conselho pois vou dar: Se alguma vez um mariola Vos pedir pra casar Responda em ar de graçola Mas, diga em meu idioma Ai que Broma!
Authorship:
- by Ernesto Matoso (1851 - 1945) [author's text not yet checked against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847 - 1935), as Chiquinha Gonzaga, "Ai que Broma!", published 1885 [ voice and piano ], Rio de Janeiro: Manoel Antônio Guimarães [sung text not yet checked]
Researcher for this page: Joost van der Linden [Guest Editor]
This text was added to the website: 2023-06-26
Line count: 40
Word count: 183