by Júlio Mário Salusse (1872 - 1948)
Cisnes
Language: Portuguese (Português)
A vida, manso lago azul algumas vezes, algumas vezes mar fremente, tem sido para nós constantemente um lago azul sem ondas, sem espumas. Sobre ele, quando, desfazendo as brumas matinais, rompe um sol vermelho e quente, nós dois vagamos indolentemente, como dois cisnes de alvacentas plumas. Um dia um cisne morrerá, por certo. Quando chegar esse momento incerto, no lago, onde talvez a água se tisne, que o cisne vivo, cheio de saudade, nunca mais cante, nem sozinho nade, nem nade nunca ao lado de outro cisne.
Text Authorship:
- by Júlio Mário Salusse (1872 - 1948), "Cisnes" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Alberto Costa (1886 - 1934), "Cisnes" [ voice and piano ] [sung text not yet checked]
- by Oscar Lorenzo Fernândez (1897 - 1948), "Cisnes", op. 9 (1921), published 1962 [ voice and piano ], Rio de Janeiro: Arthur Napoleão [sung text checked 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-06-16
Line count: 14
Word count: 87