by Luís Guimarães Filho (1878 - 1940)
Madrigal
Language: Portuguese (Português)
Por que é que dizes, meu gentil tesouro, Que toda a vida hás de descrer do amor? Oh! Que pecado! Que pecado de ouro Falar no Pólo à beira do Equador! Dizes que tens o coração deserto... Dos homens todos sem piedade zombas... Toma sentido, que o milhafre esperto Quando tem fome atira o laço às pombas! Nos teus bons olhos que são negras ilhas, Ouve-se um canto de amorosas rolas... Que valem, pois, as falsas maravilhas Dessa adorável boca de papoulas? Quando chegar o trovador celeste Príncipe azul dos teus azuis desejos, Eu hei de ver todo esse gelo agreste Num rubro orvalho desfazer-se em beijos! Por que repetes, meu gentil tesouro, Que a vida inteira hás de descrer do amor? Oh! Que pecado! Que pecado de ouro Falar no Pólo à beira do Equador!
Text Authorship:
- by Luís Guimarães Filho (1878 - 1940), "Madrigal" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Alberto Nepomuceno (1864 - 1920), "Madrigal", op. 17 no. 2 (1894) [voice and piano], Rio de Janeiro: Moreira de Sá [text verified 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-18
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Word count: 136