by Henrique Coelho Netto (1864 - 1934)
Soneto
Language: Portuguese (Português)
Ando tão venturoso com querer-te Que, por achar de mais tanta ventura, Ó delicada e meiga criatura Temo que venha o instante de perder-te. Todo o bem que em minh'alma esse amor verte Faz-se depressa em pérfida tortura: Julgo que enlouqueci, pois é loucura pensar que te perdi só por não ver-te. Se penso, és tu meu pensamento, Canto, e és tu a estrofe do meu canto. Falo, teu nome é o termo que me vem, risonho; Se de saudade choro, és o meu pranto; És meu silêncio se de dor me calo, És o meu sonho, quando à noite sonho.
Text Authorship:
- by Henrique Coelho Netto (1864 - 1934), "Soneto" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Alberto Nepomuceno (1864 - 1920), "Soneto", op. 21 no. 3 (1901) [voice and piano], Rio de Janeiro: Arthur Napoleão [text verified 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-18
Line count: 14
Word count: 101