by Florbela Espanca (1894 - 1930)
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados
Language: Portuguese (Português)
Gosto de ti, ó chuva, nos beirados, Dizendo coisas que ninguém entende! Da tua cantilena se desprende Um sonho de magia e de pecados. Dos teus pálidos dedos delicados Uma alada canção palpita e ascende, Frases que a nossa boca não aprende, Murmúrios por caminhos desolados. Pelo meu rosto branco, sempre frio, Fazes passar o lúgubre arrepio Das sensações estranhas, dolorosas... Talvez um dia entenda o teu mistério... Quando, inerte, na paz do cemitério, O meu corpo matar a fome às rosas!
About the headline (FAQ)
Text Authorship:
- by Florbela Espanca (1894 - 1930), "Mistério" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Achille Guido Picchi (b. 1951), "Gosto de ti, ó chuva, nos beirados", op. 99 no. 12 (1985-8) [voice and piano], from Doze cantigas sensíveis, no. 12. [text not verified]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-07-23
Line count: 14
Word count: 82