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by António Duarte Gomes Leal (1848 - 1921)

Cantiga do Campo
Language: Portuguese (Português) 
Por que andas tu mal commigo?
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira!

Quando entre as mais raparigas
Vaes cantando entre as searas,
Eu choro ao ouvir-te as cantigas
Que cantas nas noutes claras!

Os que andam na descamisa
Gabam a violla tua,
Que, ás vezes, ouço na brisa
Pelos serenos da lua.

E fallam com tristes vozes
Do teu amor singular
Áquella casa onde cozes,
Com varanda para o mar.

Por isso nada me medra,
Ando curvado e sombrio!
Quem me dera ser a pedra
Em que tu lavas no rio!

E andar comtigo, ó meu pomo,
Exposto ás chuvas e aos soes!
E uma noute morrer como
Se morrem os rouxinoes!

Morrer chorando, n'um choro
Que mais as magoas consolla,
Levando só o thesouro
Da nossa triste violla!

Por que andas tu mal commigo?
Ó minha doce trigueira?
Quem me dera ser o trigo
Que, andando, pisas na eira!

Confirmed with António Gomes Leal, Claridades do sul, Braz Pinheiro, ed., Lisboa, 1875. The poem is preceded by the following epigraph:

    Como eu adoro as tuas «simplicidades!»
     (Heine)


Text Authorship:

  • by António Duarte Gomes Leal (1848 - 1921), "Cantiga do campo", appears in Claridades do sul [author's text checked 1 time against a primary source]

Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):

  • by Antonio Lima Fragoso (1897 - 1918), "Cantiga do Campo" [ voice and piano ], from Toadas da minha aldeia, no. 5 [sung text not yet checked]

Research team for this page: Emily Ezust [Administrator] , Joost van der Linden [Guest Editor]

This text was added to the website: 2023-05-10
Line count: 32
Word count: 159

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