by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918)
Virgens mortas
Language: Portuguese (Português)
Quando uma virgem morre, uma estrela aparece, Nova, no velho engaste azul do firmamento: E a alma da que morreu, de momento em momento, Na luz da que nasceu palpita e resplandece. Ó vós, que, no silêncio e no recolhimento Do campo, conversais a sós, quando anoitece, Cuidado! - o que dizeis, como um rumor de prece, Vai sussurrar no céu, levado pelo vento... Namorados, que andais, com a boca transbordando De beijos, perturbando o campo sossegado E o casto coração das flores inflamando, - Piedade! elas vêem tudo entre as moitas escuras... Piedade! esse impudor ofende o olhar gelado Das que viveram sós, das que morreram puras!
Text Authorship:
- by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918), "Virgens mortas", appears in Alma inquieta, first published 1898 [author's text not yet checked against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Antônio Francisco Braga (1868 - 1945), "Virgens mortas", 1905, published 1907 [voice and piano], Rio de Janeiro: Vieira Machado [ sung text checked 1 time]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-06-11
Line count: 14
Word count: 106