by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918)
O vale
Language: Portuguese (Português)
Sou como um vale, numa tarde fria, Quando as almas dos sinos, de uma em uma, No soluçoso adeus da ave-maria Expiram longamente pela bruma. É pobre a minha messe. É névoa e espuma Toda a glória e o trabalho em que eu ardia... Mas a resignação doura e perfuma A tristeza do termo do meu dia. Adormecendo, no meu sonho incerto Tenho a ilusão do prêmio que ambiciono: Cai o céu sobre mim em pirilampos... E num recolhimento a Deus oferto O cansado labor e o inquieto sono Das minhas povoações e dos meus campos.
Text Authorship:
- by Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865 - 1918) [author's text not yet checked against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Helza de Cordoville Camêu (1903 - 1995), "O vale" [ voice and piano ] [sung text checked 1 time]
- by Arthur Iberê de Lemos (1901 - 1967), "O vale", op. 17 (1926) [ voice and piano ] [sung text not yet checked]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-06-13
Line count: 14
Word count: 96