by Antônio Gonçalves Dias (1823 - 1864)
Em larga roda de novéis guerreiros
Language: Portuguese (Português)
Em larga roda de novéis guerreiros Ledo caminha o festival Timbira, A quem do sacrifício cabe as honras. Na fronte o canitar sacode em ondas, O enduape na cinta se embalança, Na destra mão sopesa a ivirapeme, Orgulhoso e pujante. - Ao menor passo Colar d'alvo marfim, insígnia d'honra, Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme, Como que por feitiço não sabido Encantadas ali as almas grandes Dos vencidos Tapuias, inda chorem Serem glória e brasão d'imigos feros. "Eis-me aqui, diz ao índio prisioneiro; "Pois que fraco, e sem tribo, e sem família, "As nossas matas devassaste ousado, "Morrerás morte vil da mão de um forte." Vem a terreiro o mísero contrário; Do colo à cinta a muçurana desce: "Dize-nos quem és, teus feitos canta, "Ou se mais te apraz, defende-te." Começa O índio, que ao redor derrama os olhos, Com triste voz que os ânimos comove.
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- by Antônio Gonçalves Dias (1823 - 1864), no title, appears in Juca Pirama, no. 3 [author's text checked 1 time against a primary source]
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Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
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