LiederNet logo

CONTENTS

×
  • Home | Introduction
  • Composers (20,103)
  • Text Authors (19,449)
  • Go to a Random Text
  • What’s New
  • A Small Tour
  • FAQ & Links
  • Donors
  • DONATE

UTILITIES

  • Search Everything
  • Search by Surname
  • Search by Title or First Line
  • Search by Year
  • Search by Collection

CREDITS

  • Emily Ezust
  • Contributors (1,114)
  • Contact Information
  • Bibliography

  • Copyright Statement
  • Privacy Policy

Follow us on Facebook

Seis poemas de Fernando Pessoa : para canto e piano

Song Cycle by José Manuel Joly Braga Santos (1924 - 1988)

1. Contemplo o lago mudo  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
Contemplo o lago mudo
Que uma brisa estremece.
Não sei se penso em tudo
Ou se tudo me esquece.
O lago nada me diz,
Não sinto a brisa mexê-lo
Não sei se sou feliz
Nem se desejo sê-lo.

Trêmulos vincos risonhos
Na água adormecida.
Por que fiz eu dos sonhos
A minha única vida?

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935)

See other settings of this text.

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]

2. Gato que brincas na rua  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.

Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.

És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935), "Gato que brincas na rua"

Go to the general single-text view

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]

3. O céu, azul de luz quieta  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
O céu, azul de luz quieta.
As ondas brandas a quebrar,
Na praia lúcida e completa - 
Pontos de dedos a brincar.

No piano anónimo da praia
Tocam nenhuma melodia
De cujo ritmo por fim saia
Todo o sentido deste dia.

Que bom, se isto satisfizesse!
Que certo, se eu pudesse crer
Que esse mar e essas ondas e esse
Céu têm vida e têm ser.

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935), "O céu, azul de luz quieta"

Go to the general single-text view

Available translations, adaptations or excerpts, and transliterations (if applicable):

  • ENG English (Andrew Schneider) , "O sky, the blue of your quiet light", copyright © 2018, (re)printed on this website with kind permission

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]

4. Paira à tona de água  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
Paira à tona de água
Uma vibração,
Há uma vaga mágoa
No meu coração.

Não é porque a brisa
Ou o que quer que seja
Faça esta indecisa
Vibração que adeja,

Nem é porque eu sinta
Uma dor qualquer.
Minha alma é indistinta
Não sabe o que quer.

É uma dor serena,
Sofre porque vê.
Tenho tanta pena!
Soubesse eu de quê!...

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935), "Paira à tona de água"

Go to the general single-text view

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]

5. Ao longe, ao luar  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
Ao longe, ao luar,
No rio urna vela
Serena a passar,
Que é que me revela?

Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça?
Que amor não se explica
É a vela que passa
Na noite que fica.

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935), "Ao longe, ao luar"

Go to the general single-text view

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]

6. Em toda a noite o sono não veio  [sung text not yet checked]

Language: Portuguese (Português) 
Em toda a noite o sono não veio. Agora
        Raia do fundo
Do horizonte, encoberta e fria, a manhã.
        Que faço eu no mundo?
Nada que a noite acalme ou levante a aurora,
        Coisa séria ou vã

Com olhos tontos da febre vã da vigília
        Vejo com horror
O novo dia trazer-me o mesmo dia do fim
        Do mundo e da dor —
Um dia igual aos outros, da eterna família
        De serem assim.

Nem o símbolo ao menos vale, a significação
        Da manhã que vem
Saindo lenta da própria essência da noite que era,
        Para quem,
Por tantas vezes ter sempre esperado em vão,
        Já nada espera.

Text Authorship:

  • by Fernando António Nogueira Pessoa (1888 - 1935), "Em toda a noite o sono não veio. Agora"

Go to the general single-text view

Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
Total word count: 403
Gentle Reminder

This website began in 1995 as a personal project by Emily Ezust, who has been working on it full-time without a salary since 2008. Our research has never had any government or institutional funding, so if you found the information here useful, please consider making a donation. Your help is greatly appreciated!
–Emily Ezust, Founder

Donate

We use cookies for internal analytics and to earn much-needed advertising revenue. (Did you know you can help support us by turning off ad-blockers?) To learn more, see our Privacy Policy. To learn how to opt out of cookies, please visit this site.

I acknowledge the use of cookies

Contact
Copyright
Privacy

Copyright © 2025 The LiederNet Archive

Site redesign by Shawn Thuris