by Antero Tarquínio de Quental (1842 - 1891)
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas
Language: Portuguese (Português)
Quando nós vamos ambos, de mãos dadas, Colher nos vales lírios e boninas, E galgamos dum fôlego as colinas Dos rocios da noite inda orvalhadas; Ou, vendo o mar das ermas cumeadas Contemplamos as nuvens vespertinas, Que parecem fantásticas ruínas Ao longo, no horizonte, amontoadas: Quantas vezes, de súbito, emudeces! Não sei que luz no teu olhar flutua; Sinto tremer-te a mão e empalideces O vento e o mar murmuram orações, E a poesia das coisas se insinua Lenta e amorosa em nossos corações.
About the headline (FAQ)
Confirmed with Os sonetos completos de Antero de Quental, Porto, Livraria Portuense, 1886, page 31.
Text Authorship:
- by Antero Tarquínio de Quental (1842 - 1891), "Idyllio", appears in Os sonetos completos de Antero de Quental [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Paulo Florence (1864 - 1949), "Idílio" [ voice and piano ] [sung text not yet checked]
- by Luis de Freitas Branco (1890 - 1955), "Idílio", 1937 [ voice and piano ], from Três Sonetos de Antero, no. 2 [sung text not yet checked]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-06-27
Line count: 14
Word count: 84