Donzela, deixa tua aia, Tem pena do meu penar. Já das assomadas raia O clarão dilucular, E o meu olhar se desmaia Transido de te buscar. Sai desse ninho de alfaia, - Céu puro de teu sonhar, Veste o quimão de cambraia, Mostra-te ao fulgor lunar. Dá que uma só vez descaia Do ermo baleão do solar Como uma ardente azagaia O teu fuzilante olhar. Donzela, deixa tua aia, Tem pena do meu penar. Sou mancelo de alta laia: Não trabalho e sei justar. Relincham em minha baia Hacanéias de invejar. Tenho lacaio e lacaia. Como um boi ao meu jantar! Castelã donosa e gaia, Acode ao meu suspirar Antes que a luz se esvaia... Tem pena do meu penar. Vou-me ao golfo de Biscaia Como um bastardo afogar. Minh'alma blasfema e guaia, Minh'alma que vais danar, Dona Olaia, Dona Olaia! -Meu alaúde de faia, Soluça mais devagar...
Please note: this text, provided here for educational and research use, is in the public domain in Canada, but it may still be copyright in other legal jurisdictions. The LiederNet Archive makes no guarantee that the above text is public domain in your country. Please consult your country's copyright statutes or a qualified IP attorney to verify whether a certain text is in the public domain in your country or if downloading or distributing a copy constitutes fair use. The LiederNet Archive assumes no legal responsibility or liability for the copyright compliance of third parties.
Text Authorship:
- by Manuel Bandeira (1886 - 1968), "Solau do desamado" [author's text checked 1 time against a primary source]
Musical settings (art songs, Lieder, mélodies, (etc.), choral pieces, and other vocal works set to this text), listed by composer (not necessarily exhaustive):
- by Francisco Mignone (1897 - 1986), "Solau do desamado", 1943, published 1945, first performed 1966 [ voice and piano ], from Quatro líricas (1942/43), no. 2, São Paulo: Litero-Musical Tupy [sung text not yet checked]
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]
This text was added to the website: 2010-08-05
Line count: 33
Word count: 148