São duas flores unidas, São duas rosas nascidas Talvez no mesmo arrebol, Vivendo no mesmo galho, Da mesma gota de orvalho, Do mesmo raio de sol. Unidas, bem como as penas Das duas asas pequenas De um passarinho do céu... Como um casal de rolinhas, Como a tribo de andorinhas Da tarde no frouxo véu. Unidas, bem como os prantos, Que em parelha descem tantos Das profundezas do olhar... Como o suspiro e o desgosto, Como as covinhas do rosto, Como as estrelas do mar. Unidas... Ai quem pudera Numa eterna primavera Viver, qual vive esta flor. Juntar as rosas da vida Na rama verde e florida, Na verde rama do amor!
Dezesseis melodias do passado com acompanhamento novo, Álbum n. 2
Song Cycle by Ernst Widmer (1927 - 1990)
1. As duas flores (Modinha)  [sung text not yet checked]
Language: Portuguese (Português)
Text Authorship:
- by Antônio Frederico de Castro Alves (1847 - 1871), "As duas flores"
See other settings of this text.
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]2. Morena, morena (Modinha)
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
3. Sonhei
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
4. As saudades do meu bem
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
5. Eu sou como a garça triste
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
6. Frio manto de estrelas bordado
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
7. Courana
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
8. Se eu fora poeta
Language: Portuguese (Português)
— This text is not currently
in the database but will be added
as soon as we obtain it. —
9. Amanhã  [sung text not yet checked]
Language: Portuguese (Português)
Amanhã! -- é o sol que desponta, É a aurora de róseo fulgor, É a pomba que passa e que estampa Leve sombra de um lago na flor. Amanhã! -- é a folha orvalhada, É a rola a carpir-se de dor, É da brisa o suspiro, -- é das aves Ledo canto, -- é da fonte -- o frescor. Amanhã! -- são acasos da sorte; O queixume, o prazer, o amor, O triunfo que a vida nos doura, Ou a morte de baço palor. Amanhã! -- é o vento que ruge, A procela d'horrendo fragor, É a vida no peito mirrada, Mal soltando um alento de dor. hã! -- é a folha pendida. É a fonte sem meigo frescor, São as aves sem canto, são bosques Já sem folhas, e o sol sem calor. Amanhã! -- são acasos da sorte! É a vida no seu amargor, Amanhã! -- o triunfo, ou a morte; Amanhã! -- o prazer, ou a dor! Amanhã! -- o que val', se hoje existes! Folga e ri de prazer e de amor; Hoje o dia nos cabe e nos toca, De amanhã Deus somente é Senhor!
Text Authorship:
- by Antônio Gonçalves Dias (1823 - 1864), "Amanhã"
Go to the general single-text view
Researcher for this text: Emily Ezust [Administrator]Total word count: 290